Paróquias e Santuários
Gafanha da Nazaré
Orago
A Nossa Senhora da Nazaré é a padroeira da Gafanha da Nazaré, a primeira imagem, com cerca de 30 cm, desapareceu e foi substituída por uma que atualmente possui grande valor e pode ser apreciada na sacristia da Igreja Matriz.
Igreja Matriz
A primitiva Igreja Matriz da Gafanha da Nazaré era um belo Templo do princípio do Século XX. Era um Templo simples, belo e de grande harmonia e dignidade arquitetônica. O traçado era o mesmo dos Templos dos Séculos XVIII e XIX. Quem o construiu soube imprimir nos ombrais das portas, na grandiosidade do Arco Cruzeiro, na simplicidade dos altares e na beleza da tribuna onde os capiteis mostravam bem o desejo do crente manifestar a grandeza de Deus, através do trabalho manual, bem elaborados e duma finura que mostra bem a vontade de construir um Templo que fosse verdadeiramente Templo. O obreiro desta obra foi o Prior Sardo.
Na década de sessenta o então Prior Padre Domingues alterou todo o traçado arquitetônico.
Na década de noventa os engenheiros verificaram graves lacunas quer na segurança quer no enquadramento. O Prior Padre Dr. Sardo Fidalgo lançou o desafio à Paróquia e os crentes e praticantes colaboram de forma excelente.
O Complexo da Igreja Matriz é composto pelo Corpo do Templo, completamente reformulado e dois auditórios, dez salas de Catequese, cartório Paroquial, Biblioteca, Museu, Sala de Audiovisuais, sala das Irmandades e Movimentos, Sala dos Conselheiros e Coordenação de Catequese e ainda Sala dos Corais Litúrgicos.
O povo pode orgulhar-se desta obra que é das melhores, senão a melhor, desta área geográfica e do Distrito de Aveiro.
A 10 de Setembro de 1910 a Paróquia da Gafanha da Nazaré foi instituída. Foi na já destruída capela da Cale da Vila que principiou o serviço paroquial.
A 14 de Janeiro de 1912 foi benzida a atual igreja que, na década de sessenta, sofreu profundas obras de beneficiação. Estas obras, alteraram por completo a sua traça original.
Igreja da Cale da Vila
A 4 de Novembro de 1978, foi iniciada a construção da Capela da Cale da Vila, depois do projeto da autoria de Manuel Garcia Serra ser assinado pela câmara de Ílhavo e a Câmara Eclesiástica. Eram nove horas e trinta minutos, quando se iniciaram as cerimónias que foram presididas pelo Bispo de Aveiro, Senhor D. António, e com a presença do pároco da Freguesia da Gafanha da Nazaré, Sr. Padre Miguel e do Padre António Maria Borges, seu adjunto. Estas foram presenciadas por algumas dezenas de pessoas que se encontravam no local. Também o coral da Cale da Vila esteve presente alegrando o ambiente com algumas canções do seu reportório, dando mais alegria ao ato presente que se vivia na altura, pois todos estavam desejosos por ver o início do grande sonho: a construção da capela.
“O Senhor Bispo foi o primeiro a dar as enxadadas da praxe, assim como o Padre Miguel e o Padre António, calhando então o prato forte a esta Comissão que sobre as ordens do Mestre Balacó, o qual chamou a si a responsabilidade técnica da obra.”
A Bênção da Capela e a sua “abertura oficialmente ao culto” foi a 3 de Julho de 1983, presidindo o Senhor Bispo de Aveiro, D. Manuel de Almeida Trindade.
Capela da Chave
A igreja da Chave foi construída em 1980. De dimensões pequenas e sem enquadramento arquitetônico, é habitualmente espaço para a Celebração Eucarística, ao sábado, e até à inauguração das obras de Igreja Matriz tem aos Domingos a Celebração da Palavra.
Em 1992, foi completamente remodelada, uma vez que o espaço celebrativo não oferecia o ambiente litúrgico adequado. O altar estava no centro do pequeno Templo o que dificultava o ambiente de recolhimento e participação. Atualmente, após a remodelação, a Igreja da Chave tem o altar na frente, tendo ao lado um pequeno espaço para o coral litúrgico.
A igreja da Chave é um espaço católico que ajuda a unidade do Povo deste lugar, tendo sido construída em 1980 quando era Prior, o Senhor Padre Miguel Lencastre, e remodelada em 1992, sendo Prior o Senhor Padre José Sardo Fidalgo.
A paróquia anseia que se possa chegar ao dia em seja proclamada Nossa Senhora dos Aflitos, Padroeira da Chave.
(in Apontamento dos Serviços Litúrgicos da Paróquia)
Capela da Senhora dos Aflitos
O Rev. António da Silva Caçoilo, tendo paroquiado as freguesias de Trouxemil, Taveiro e Arega, mas impossibilitado de continuar no exercício da vida paroquial, por motivo de doença, regressou à Gafanha da Nazaré, terra da sua natalidade e mandou construir na chave, junto à sua casa, uma capela pública, e que dedicou à Nossa Senhora dos Aflitos.
A licença episcopal para a sua bênção tem a data de 24 de Dezembro de 1921.
Capela da Nossa Senhora dos Navegantes
Trata-se da mais antiga Capela da Gafanha, cuja construção se iniciou a 3 de Dezembro de 1863, sob a direção do Engenheiro Silvério Pereira da Silva. Neste monumento destacam-se paredes ameadas e a ombreira da porta principal, de pedra de Ançã lavrada em espiral, com arco em ogiva.
É também chamada por Capela do Forte, à qual é feita sua procissão em Setembro. Esta procissão sai do Stella Maris em direção ao Cais dos Bacalhoeiros. A imagem da Nossa Senhora dos Navegantes segue numa traineira principal que é acompanhada por centenas de embarcações até S. Jacinto, esta procissão marítima termina na Capela do Forte, com celebração de uma missa.
Praia da Barra
Igreja da Sagrada Família
A igreja da Sagrada Família da Praia da Barra foi inaugurada em 1987, dado que a pequena capela de S. João, situada junto ao farol, se revela manifestamente insuficiente para as necessidades desta paróquia.
É uma construção moderna, na qual é notória a falta de unidade arquitetônica, pois foi alvo de intervenções de vários projetistas, o que se verifica pela heterogeneidade do conjunto. Apresenta planta centrada de base quadrada sob a diagonal.
A entrada principal é marcada por dois corpos laterais que sobem em forma de mãos erguidas. O batistério é acentuado por um corpo cilíndrico, no topo do qual uma estrutura em forma de cruz permite que o sol proteja a sua sombra do mesmo.
Capela de São João Baptista
Podemos encontrar na Praia da Barra uma pequena capela privada que serviu de local de culto nesta localidade até à construção da Igreja da Sagrada Família. Esta acolhedora capela é, ainda hoje, sede dos festejos em honra de S. João.
Como motivo de maior interesse, destacam-se dois painéis de azulejo da autoria de Lourenço Limas, colocados na sua fachada em 1949, aquando das obras de remodelação da capela.
Santuário de Schoenstatt
O Santuário de Schoenstatt da Gafanha da Nazaré, inaugurado no dia 21 de Outubro de 1979, é uma reprodução autêntica do Santuário original, fundado pelo Padre José Kentenich, em Schoenstatt/Valendar – Alemanha no dia 18 de Outubro de 1914.
Naquela altura era uma Capelinha antiga dedicada a S. Miguel. Por inspiração divina, o padre Kentenich, com um grupo de jovens seus dirigidos, convidou a Nossa Senhora a estabelecer aí a sua morada e conceder abundantes graças a todos os que aí fossem rezar. Da sua parte, eles prometeram oferecer-lhe todas as suas ações e esforços do dia a dia, sobretudo pelo cumprimento exato do dever, pelo aperfeiçoamento interior e dedicação a Deus e ao próximo.
Pela aliança de amor que assim selaram com Maria, a capelinha foi transformada em Santuário, isto é, num lugar de presença e atuação especial de Nossa Senhora, num Lugar de Graças.
Com o decorrer dos anos, esse santuário multiplicou-se, abrangendo, hoje, dezenas de países dos 5 continentes. São, atualmente, cerca de cento e cinquenta Santuários de Schoenstatt espalhados pelo mundo. Todos, réplicas autênticas do original, e Centros de Peregrinação.
Implantado em pleno coração da Colónia Agrícola, a sua primeira pedra foi traduzida em Roma depois de abençoada pelo Papa João Paulo II e tem incrustada uma outra pedra originária do túmulo de S. Pedro.
Como em todos os Santuários de Schoenstatt, também aqui, Nossa Senhora é venerada como Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admiráveis de Schoenstatt.